Se você gosta (ainda, em 2023) de um plot twist, daquela reviravolta de roteiro que roteiristas tiram do c… sei lá de onde, você não vai se decepcionar.
Agora se você gosta de filme bom, prepare-se para o pior.
Depois do sucesso de Facas e Segredos, não param de surgir filmes de mistério, de detetives, de suspense.
E O Pálido Olho Azul é mais um desses.
Baseado em um livro de sucesso, o filme do atorzão Christian Bale (sim, ele estreia e o filme é dele, pela Netflix) é quase legal, mas serve mesmo como uma ego trip do inglês.
Boa, ego trip competente, mas ruim como filme, apesar de todo apuro técnico, com uma fotografia gótica linda, que se fosse mais gótica ainda, talvez pudesse cobrir umas cenas desnecessárias.
Bale é Landor, um detetive bem competente que é chamado para resolver um misterioso crime que aconteceu na famosa academia de West Point.
Um de seus cadetes foi encontrado enforcado.
E na sequência teve seu coração arrancado.
Landor começa suas investigações e logo conhece e já fica BFF de um cadete muito, mas muito inteligente e esperto, Edgard Allan Poe.
Sabe O cara, O escritor que será? Ele mesmo, vivido pelo ótimo Harry Melling.
Juntos, em um roteiro apenas esperto, começam a fuçar e tirar conclusões absurdas, ao mesmo tempo que Poe se envolve com uns cadetes de elite e consegue assim se aproximar de uma mulher linda (Lucy Boynton), tão lânguida quanto misteriosa.
A história quase rocambolesca acontece com um elenco de apoio incrível que vai de Toby Jones e Timothy Spall à diva Gillian Anderson.
Pra mim só pareceu que esse time dos deuses só estava lá pra encher linguiça, ou pra me distrair da história óbvia, o que não é de todo mal, já que esse óbvio também é bem medíocre.
Como eu disse, o filme tenta se garantir na reviravolta do final, o que só me deixou com mais raiva: termina com garbo e elegância, vai, não precisa de plot twist, meu povo, mas eles foram, fizeram e fuén.
NOTA: