Christmas Bloody Christmas era exatamente o filme de Natal que a gente não sabia que precisava pra terminar 2022.
O filme foi escrito, produzido e dirigido por Joe Begos, um dos caras mais legais do indie radical americano, diretor dos meus preferidos Bliss e VFW, filmes violentaços, com sangue pra tudo que era lado e com roteiros bem escritos.
Aqui não é diferente.
O filme é bem escrito também, mas a história é aquela que a gente não se cansa de ver, do vilão que sai matando todo mundo que ele encontra pela frete, sem pudor e sem vergonha.
(aliás, já tô esperando a versão do diretor deste absurdo, porque faltou ver umas coisinhas no filme)
O vilão aqui é um Papai Noel eletrônico, que “acorda” na loja de brinquedos quando, na noite de Natal, a gerente tá bebendo, cheirando e transando um monte com o namorado.
Claro que eles são as primeiras vítimas do velhinho mecatrônico psicopata com um machado afiado em mãos.
Mas quem acaba sendo a heroína desesperada do filme é a melhor amiga da gerente da loja, dona de uma loja de discos, que, como um personagem do Tarantino, não para de discutir teorias engraçadas sobre discos do Metallica e do Soundgarden com seu funcionário enquanto eles bebem um monte e fumam umas coisas estranhas na mesma noite de Natal.
Quem diria que um filme todo granulado, colorido, festivo e barulhento, com uma trilha “metaleira, muito sangue, corpos mutilados, muita tripa e muita crueldade, quem diria que salvaria nosso final de ano?
Valeu, Shudder, acertaram na mosca. Ou no machado.
NOTA: 1/2