Something In The Dirt é um filme tão doidão que eu não sei nem como explicá-lo.
Mas eu vou tentar.
Levi acorda em seu apartamento e do nada vê uma peça de cristal flutuando no meio de sua sala.
Essa peça mais parece um cinzeiro enorme e disforme e Levi, que acabou de se mudar para esse apartamento, não faz ideia do que seja nem de quem seja o objeto flutuante.
Ele encontra seu vizinho do andar de baixo, John, pra quem mostra o treco e a partir disso eles resolvem fazer um documentário para mostrar o cristal voador enquanto eles discutem ideias óbvias e bestas de metafísica besta, falam de teorias a conspiração, enquanto tentam chegar a alguma conclusão.
Só que Levi e John não sabem nada de nada, muito menos sabem como fazer um documentário.
E o que deveria ser uma investigação sobre um evento desconhecido acaba sendo uma sucessão de descobrimentos incômodos sobre as vidas dos novos vizinhos que nunca se viram antes.
Deu pra entender?
Pera, tem mais.
Something In The Dirt é escrito, dirigido e estrelado pela dupla Justin Benson e Aaron Moorhead, aqueles doidos que nos deram pérolas como The Endless e Synchronic.
Eles amam essas histórias paranormais e principalmente adoram roteiros que embananam nossas cabeças, nos manipulando o suficiente para acharmos um coisa e ao longo de seus filmes vamos percebendo o quanto fomos lindamente enganados.
Aqui não é diferente.
A dupla brinca bem com seus espectadores. Não nos enganando per se, mas sempre nos dando uns pequenos sustos em um roteiro que em princípio parece ser uma piada mas que vai se mostrando uma jóia rara.
O filme é talvez a viagem mais doida do ano, uma piração que a gente sempre espera dos filmes da dupla mas agora eles exageraram muito nas divagações, nas discussões metafísicas e nas teorias de tempo, passado, presente, futuro, realidades paralelas, existências paralelas, verdades, mentiras e por aí vão e só param porque o filme termina.
Fico procurando referências que me ajudassem a comparar este filme mas nada me vem a mente, ao mesmo tempo que muita coisa pode ser dita a respeito deste filme.
Só que como disse, mais uma vez os diretores Justin Benson e Aaron Moorhead fazem o que querem, do jeito que querem e o melhor, fazem muito bem feito porque eu entrei lindamente neste delírio e quase não voltei.
NOTA: