2 motivos para assistir The Eternal Daughter. Não, 3 motivos e um bônus.
Primeiro, o filme é estrelado duplamente pela Deusa Tilda Swinton, que faz a filha eterna do título e sua mãe.
Segundo motivo, o filme é escrito e dirigido pela grande Joanna Hogg, que a gente tanto ama.
Terceiro motivo, o filme é um horror gótico.
Ou o que seria um horror gótico feito por um diretora finíssima.
O bônus é que The Eternal Daughter vem com o selo A24 e vem sendo distribuído pela queridinha produtora.
Eu gostei muito do filme, mas não amei como o povo tem dito por aí, dizendo que é um dos melhores do ano.
The Eternal Daughter é a estranha história de Julie, um diretora de cinema que leva sua mãe idosa a um hotel onde ela costumava passar férias e onde Julie espera ter inspiração para escrever um filme sobre sua relação com a mãe.
E se bobear, ainda conseguir histórias do passado da mãe que possam aparecer pela proximidade com seus dias de antanho.
Mas o filme é estranho, o que é bom.
O hotel está vazio, só tem, em princípio, uma única funcionária que é bem grossinha e sem paciência, trabalhando na recepção, no restaurante, resolvendo todos os problemas.
Até que aparece mais um funcionário, Bill, que já deveria ter se aposentado mas preferiu ficar no. hotel depois da morte de sua esposa que lá trabalhava como chef.
Esses detalhezinhos de personagens que não conseguem se “desgrudar” do hotel dizem muito sobre, olha só, a relação de Julie com sua mãe, que está lá também para comemorar seu aniversário.
Tudo muito bacana, ideias aos borbotões mas o filme não me pegou de jeito.
Tilda como mãe e filha é o que esperamos que ela seja, entrega tudo e mais um pouco.
Fico pensando que se o filme fosse um curta, seria perfeito. Isso quer dizer que faltou roteiro, faltou se embrenhar mais no gótico mesmo, já que é pra isso que todo mundo estava lá.
Mas Joanna Hogg sabe bem o que faz, então tudo é muito bem realizado, os diálogos são bons, a trilha é ótima, o que parece ser uma história de fantasma lenta e plácida funciona bem pelas mãos da diretora mas que depende aqui 100% da grandeza de Tilda.
Um filme mediano de Joanna Hogg é muito superior a grande maioria de filmes bons que vi esse ano e se The Eternal Daughter aparecer na sua frente, se joga sem pestanejar nesse gótico fino surpreendente.
NOTA: