O Troll da Montanha, o novo “horror” norueguês da Netflix, tem uma ideia bem boa mas já começou me irritando com a obviedade.
O governo norueguês explode uma caverna de uma montanha, apesar do protesto de meia dúzia de pessoas que estavam no local.
Alguma coisa dá muito errado na explosão e logo se descobre que libertaram um troll de seu, até então, sono eterno.
O troll é um gigante da mitologia nórdica, dono daquela região, que foi extinto com a chegada do cristianismo e do “progresso”.
Os noruegueses achavam que os trolls estavam totalmente extintos. Ou derrotados. Mas quem sabe tudo?
O Troll da Montanha logo se mostra um filme hollywoodiano daqueles sem graça de primeira ministra mais oficiais das forças armadas enfurnados naquelas salas cheias de monitores onde decisões são tomadas à medida que as informações em tempo real vão chegando.
Sabe, aquele filme chato? Pois é.
A coisa boa aqui é que a cientista que vai a campo para entender o que está acontecendo e que quer salvar o troll de qualquer maneira, é uma bioantropóloga bem legal, que tem a ajuda do assistente tonto da primeira ministra e de um oficial bonitão e bem humorado.
E o filme é isso, um troll perdido pela Noruega, tentando chegar a algum lugar que a gente não sabe onde e nem porquê, sendo perseguido de perto por essa turma intrépida.
O filme tem vários momentos ótimos, sempre com a personagem da cientista que tem os 2 pés na crença mitológica, “culpa” de seu pai, amante do folclore com quem ela brigou por desavenças filosóficas.
E é esse pai que dá uma animada no filme, quando a sabedoria milenar chamada se une a ciência e muda a perspectiva da história.
Mas faltou muito para que O Troll da Montanha tenha o poder de sua personagem mitológica gigantesca, tenha sua força e seu tamanho que amedronta os incautos.
Espero uma continuação e que aprendam com as falhas desse filme que não é ruim, mas que ficou muito no quase.
NOTA: 1/2