Eu juro que não achava que gostaria de Abracadabra 2 tanto quanto eu gostei.
Resolvi assistir a continuação do clássico filme das bruxas doidas do mal, lançado 30 anos depois do primeiro, exatamente sem rever o original.
A grande surpresa foi que tudo me veio à mente no momento que eu vi as irmãs Sanderson, as bruxas doidas, jovens.
A memória é um treco muito doido, especialmente pra mim que tenho, como dizem meus amigos, memória seletiva.
Eu não lembro de gente com quem eu estudei a vida inteira, mesmo tendo fotos e tudo mais, mas me lembro de uma aula de matemática de 40 e tantos anos atrás com um professor genial, onde eu descobri que eu não estava sozinho com a minha paixão por números.
O amor por Abracadabra é claro que se dá pelo trio de atrizes maravilhosas, Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy vivendo personagens complexas (até demais?) para um filme infantil, como bruxas do mal mesmo, querendo que todo mundo se foda e neste novo filme, querendo crianças para elas comerem para suas peles melhorarem.
Meio spoiler alert: elas se divertem muito em uma sequência no corredor de produtos de beleza de uma loja super iluminada na noite do Halloween.
Bom, elas voltam depois de 30 anos nesta noite obviamente, por causa de um feitiço que umas adolescente virgens fazem sem nem saberem que estavam fazendo.
E que agora essas meninas precisam lidar com as irmãs bruxas.
A sorte delas é que na noite de Halloween, ninguém ia achar estranhas 3 mulheres vestidas como as lendárias irmãs Sanderson em Salem, a cidade onde bruxas e mais bruxas foram queimadas vivas séculos atrás.
O legal do filme é que o roteiro não transformou as bruxas em boazinhas ou em personagens aceitáveis nos dias de hoje, elas são aquelas lá desgraçadinhas ainda.
E elas cantam Blondie, elas se divertem (um pouco) e a gente se diverte junto (mais que elas, inclusive).
Sorte a nossa que conseguiram as 3 atrizes originais para reviverem seus papéis e que, quem sabe, tenha mais um filme que não demore 30 anos para ser lançado.
NOTA: 1/2