O engraçado do lançamento do horror da A24, Morte Morte Morte, é que a chamada do filme diz que este é o “horror da geração Tiktok”.
Só que não.
Morte Morte Morte é um drama disfarçado de horror porque tem algumas mortes, mortes mortes mas não tem nada a ver com geração Tiktok nem nada parecido.
E nem com horror.
O filme se passa numa bela de uma casa dos pais milionários de um playba bem babaca (pleonasmo), vivido pelo Pete Davison (claro que seria babaca).
Eles são todos bem riquinhos, bem amiguinhos, até que chega uma garota que em princípio não foi convidada mas parece que foi com sua namorada estrangeira pra quem todo mundo olha torto porque é estrangeira e, adivinhe, pobre.
Uma tempestade toma conta do dia das fofas e eles começam uma brincadeira meio que de detetive, onde eles sorteiam uns papeizinhos onde uma pessoa é o assassino e as outras tem que adivinhar quem está matando.
Só que as pessoas começam a morrer de verdade.
E a parada fica doida.
O filme é um desses baratinhos onde uma ideia besta, a da brincadeira, do jogo de matar, virar realidade com as pessoas morrendo de verdade. E como todo filme onde a ideia é melhor que o roteiro, Morte Morte Morte não segura a onda e como já disse, não é um filme de horror suficiente, cinematograficamente falando, para tanto.
O filme é mais um gigantesca DR entre amigas íntimas que no desespero, vão se mostrando as escrotinhas que são e por acaso, ops, elas vão aparecendo mortas aos borbotões.
Morte Morte Morte sofre de um problema de falta de ousadia.
Falta horror, falta sangue, falta descer degraus de “baixaria”, falta ter a manha de fazer um horror e acabar parecendo ser um filme de horror, já que ao meu ver o povo tentou fazer um filminho com cara de hypezinho da A24, com um elenco bem bom de marketing (Amandla Stenberg, Maria Bakalova, Myha’la Herrold, Chase Sui Wonders, Rachel Sennott, Lee Pace, Pete Davidson) mas que, como a maioria dos filmes da produtora/distribuidora queridinha, acaba morrendo na praia.
Muito marketing e pouco cinema bom.
NOTA: