Damiano e Fabio D’Innocenzo PRETENSIOSO playboy tipo o mexicano cheio de metáforas rasaws e óbvias
O italiano America Latina tinha tudo para ser um baita de um filme bom.
Mas não é.
O filme me remeteu a Nova Ordem, outro truque que tem a mesma pegada meio de “playboy tentando fazer filme com crítica político-social”.
America Latina conta a história de Massimo, um dentista bem sucedido, casado com uma mulher linda, com 2 filhas lindas, morando em uma casa adivinha, linda, que um dia ao ir no porão de casa ver um possível vazamento encontra uma adolescente amordaçada e presa, cheia de marcas pelo rosto, sem conseguir nem respirar direito.
O que Massimo faz? Solta a menina e liga para a polícia? Chama sua família para perguntar quem prendeu aquela menina lá?
Não, ele só troca a mordaça da adolescente e passa a viver uma vida desgraçada tentando lembrar como foi que ele cometeu aquela atrocidade.
O roteiro de America Latina tem vários problemas graves, sendo um dos maiores uma questão básica: qual seria o problema de Massimo em carregar tamanha culpa mesmo tendo certeza que ele não fez isso com a menina?
Não só a gente não entende o porquê do dentista tomar para si essa responsabilidade mas também não se entende o que um amigo dele, que parece que pudesse ter alguma relevância na história se torna um nada.
America Latina acaba sendo um filme sobre um dentista classe média com medo de descobrir uma catástrofe que está acontecendo em sua casa, quer dizer, descobrir a verdade sobre essa catástrofe. Mas que também não faz muito para se ajudar.
Ou para ajudar o roteiro, pra ser sincero.
O filme se perde rapidinho em um redemoinho de nadas e os irmãos D’Innocenzo, os diretores ficam por muitos momentos querendo aparecer mais do que seus próprios personagens.
NOTA: