Está Tudo Bem é um drama francês egresso do mais recente festival de Cannes que, dizem as más línguas, saiu de lá bem elogiado.
Eu custo a duvidar.
O filme mais parece uma história saída diretamente de uma novela das 9, um dramão familiar sobre um homem que, depois de sofrer um derrame e ficar com metade do corpo paralisado, pede a sua filha mais velha que o acompanhe para ter uma morte assistida.
Sabe aquelas “sessões” de eutanásia consentida, onde o paciente vai pra Suíça, porque lá é permitida essa bizarrice e com ajuda médica o paciente morre.
O problema é que o filme não discute essa questão como poderia.
O diretor Fançois Ozon, um dos meus preferidos de todos, perde muito tempo só enrolando, usando a grande Sophie Marceau sem sentido algum como a filha mais velha que é chamada pelo pai para ajudar em sua morte.
A oportunidade perdida nesse filme é vergonhosa, principalmente com o elenco lindo que o diretor tem a seu dispor, de Charlotte Rampling a Hannah Schygulla.
Está Tudo Bem é um dos filmes que eu mais queria ver esse ano e a decepção não poderia ter sido maior.
Mas veja bem, este não é um filme ruim, só não é bom.
Ozon tinha a faca e o queijo na mão, só que a faca estava cega e o queijo ele deve ter jogado fora porque ficou com preguiça de mordê-lo inteiro.
NOTA: