Diretamente do Festival Varilux de Cinema Francês 2022 para o cartaz, O Destino de Haffmann é daqueles dramas que a gente tanto gosta.
Na Paris invadida pelos nazistas (na II Guerra Mundial, não os Le Pen, que fique claro), o joalheiro Joseph Haffmann precisa fugir o quando antes logo que sabe que os alemães começaram a prender e mandar para longe todos os judeus.
Ele consegue mandar sua esposa e seus filhos para o interior, para se esconderem na casa de familiares e fica em Paris uns dias para passa sua casa, sua oficina e sua loja para seu assistente Pierre, com o acordo de que depois da guerra, Joseph receberia seus bens de volta.
Mas esses dias foram sua perdição: o joalheiro não conseguiu embarcar no trem que o contrabandista que ele tinha contratado tinha conseguido.
E Joseph fica vivendo muito bem escondido no porão de sua própria casa, enquanto Pierre e sua esposa viram os donos de tudo, da comida, das jóias, da cama e até dos vestidos da esposa do joalheiro.
O que ninguém esperava é que Pierre e suas jóias únicas caem nas graças dos oficiais nazistas enquanto esconde seu patrão judeu a passos de distância das visitas desses vilões e de suas amantes.
Ali Pierre percebe que ele depende totalmente do judeu para produzir as jóias já que quando tenta vender sua própria criação é detonado pelos nazis.
Além de implorar para que o joalheiro trabalhe, ele também pede outro favor gigantesco: em troca de enviar cartas e dinheiro para sua família no interior, Joseph tem que transar com Blanche, a esposa de Pierre, para que ela engravide, já que com Pierre não consegue.
Se é drama que a gente queria, temos muito drama neste filme bem dirigido pelo competente Fred Cavayé que se tivesse ousado um pouco mais em sua “contação” de história, teria nos dado uma pérola.
Até porque o filme é estrelado por um dos maiores de todos Daniel Auteuil que faz um judeu sábio, inteligente e muito esperto em sua resignação de viver como um preso em sua própria casa ao mesmo tempo que é o dono da história.
Eu não poderia deixar de falar de Gilles Lellouche, um ator francês que vem se tornando um monstro à medida que o tempo passa e que ele consegue escolher filmes cada vez melhores para trabalhar.
NOTA: 1/2