Mario é um cara lindo (só coloquei aqui porque no filme isso tem que ficar claro o tempo todo) que mora numa vilazinha no topo de uma montanha entre a Áustia e a Itália.
Ele é todo artístico, bailarino, animado, cheio de amigos mas não “se ajeita” e tem um pé nos problemas.
Um dia, Mario (que é vivido pelo bonitão Thomas Prenn de Great Freedom) vai a uma boate gay em Roma com seu melhor amigo Lenz e enquanto um beija e o outro dança, uns radicais islâmicos invadem o clube e atiram para matar.
Lenz morre, Mario se salva.
O problema é que Mario acaba virando um pária no vilarejo por não ter ajudado seu amigo.
E por estarem em um boate gay.
E por ter sobrevivido.
Para compensar toda a pressão Mario começa a se virar para arrumar dinheiro para comprar heroína e entra numa jornadinha horrorosa de se picar em banheiros de rodoviárias. O que logo descobrem também e vai piorando o sentimento do povo.
Quando a mãe de Mario expulsa o filho de casa depois de uma overdose, ele encontra abrigo em uma mesquita onde um de seus ex ficantes agora mora depois de ter renunciado sua sexualidade e para onde quer levar Mario.
Óbvio que isso piora ainda mais o que pensam de Mario, que agora vive com o povo violento que matou seu amigo.
O filme da diretora Evi Romen levanta várias bandeiras dentre as quais ser livre onde quer que se viva, sobre ser gay, sobre ser islâmico, sobre ser viciado em heroína e mais um monte de coisas que ela faz questão de deixar claro em seu filme.
O problema é que nada disso é tratado com a profundidade que merece(ria) e Why Not You acaba parecendo um filme baseado em várias notícias desencontradas sobre temas diversos e pseudo polêmicos que não tratam com a seriedade necessária nenhum desses objetos.
Why Not You parece muito seu personagem principal, o Mario que se diz dançarino mas que não sabe dançar, que é gay mas beija meninas, que tem cara de anjinho mas é bem escrotinho quase sempre.
Resumindo, acabamos comprando gato (lembra que falei que ele era lindo?) por lebre.
NOTA: 1/2