Enquanto eu assistia Buba eu fiquei mais uma vez pensando o quanto roteirista de comédia boa tem que beirar o genial.
Ficar fazendo uma cena atrás da outra com uma piada atrás da outra sem perder pique, sem se perder em truques bestas é pra poucos.
Buba é uma comédia alemã bem doida.
Engraçada sim, só que mais doida, beirando o bizarro.
Buba é um cara que quando criança se safou de um acidente de carro onde seus pais morreram e que deixou seu irmão quase paralítico.
Por isso ele cresceu achando que ele era um cara que só atraía azar, principalmente para as pessoas que o cercavam.
Por isso ele passou a vida tendo que compensar.
Pra cada mínimo ato feliz que ele passaria ele teria que sofrer.
Fisicamente.
Muito.
Seu irmão passou a vida usando e abusando de Buba com essa papagaiada de sorte e azar e os 2 já adultos, eram a dupla perfeita de truqueiros e vigaristas que fazia de tudo pra conseguirem uns dinheirinhos para sobreviverem na cidadezinha no meio do nada onde moram.
Até que se envolvem com a máfia albanesa que não é tão tonta quanto os 2 e que acha que Buba e o irmão estão atrapalhando seus negócios.
Buba, o filme, é quase um policial hilário. Pra tal só faltou a polícia, o que aliás é uma coisa bem pitoresca já que onde esses vigaristas todos vivem ninguém aparece.
Todas as piadas e todo o talento do diretor Arne Feldhusen e do monte de roteiristas de Buba são mostrados numa história real que ele incorporaram ao filme.
Leonardo Di Caprio quando criança, costumava passar as férias na casa de uma avó na Alemanha.
E em uma dessas viagens participou de um concurso de break dance com a molecada local e ficou em segundo lugar.
Perdeu exatamente para o Buba criança, que aprendeu break para impressionar uma menina da escola.
E Buba fala o filme inteiro que é melhor que o milionário astro de Hollywood que nem Oscar conseguiu ganhar, já que o filme se passa antes do feito do bonitinho.
Bingo.
NOTA: 1/2