Diferente de uma porrada (ops) de filmes de luta, The Fight Machine é menos um filme de ação e mais um drama que luta pra chegar lá.
E esse é a grande qualidade e o grande defeito do filme.
De ruim é que eu sempre fiquei esperando mais sangue, mais porrada mesmo, apesar da testosterona super alta neste filme canadense.
Já a grande coisa do filme é que a história, baseada em um livro de Craig Davidson, o autor do meu preferido Ferrugem e Osso, The Fight Machine conta a história de dois caras que se encontram nesse mundo da luta underground e proibida.
Já sei, você já lembrou de O Clube da Luta, mas não, esse filme não tem aquele cinismo e este está mais pra um Knuckledust.
Aqui um cara ricaço que depois de uma surra bem levada resolve treinar muito para virar um lutador dos melhores. E ao escolher um lutador experiente como seu mentor, Paul acaba conhecendo Rob, seu filho que não está interessado em levar a vida de lutador do pai mas que acaba nesse destino não por escolha.
O rico sem talento mas com toda a força de vontade se contrapõe ao cara que nasceu para ser campeão com apoio de sua família inclusive, mas que não se interessa nada pela luta, pela violência nem nada que gire nesse mundo.
Por mais talentoso que seja, o diretor Andrew Thomas Hunt infelizmente não consegue nos mostrar esse contraponto importante da história como tenho certeza que esteja escrito no livro original.
O que falta ao filme, além da porrada, é um punch (ops 2), uma pegada, ficando no sempre quase, apesar de uma fotografia que entrega tudo e uma edição que leva a história a um patamar acima do esperado.
NOTA: 1/2