Como eu amo o Mr Oizo.
Nos tempos da Festa Crew, cada música, cada remix que o francês Mr Oizo lançava, nós dj brigávamos pra ver quem tocaria primeiro. E mesmo assim todos os outros também tocariam.
Esse tal de Mr Oizo é na verdade (ou também) Quentin Dupieux, um dos meus diretores franceses preferidos, de quem eu sempre falo aqui que seus filmes são meio que histórias surreais contadas pelos Trapalhões.
Incrível Mas Real é o novo absurdo do meu amigo (quem me dera).
Começa que o filme é estrelado pelo Alain Chabat, um medalhão do cinema da terra da torre Eifel, que faz o papel de Alain, casado com Marie.
Eles compram uma casa meio afastada do centro, mas em um lugar lindo, com jardim, quintal. Casa incrível, maior do que eles esperavam conseguir pelo dinheiro que tinham.
E ao assinarem os papeis, eles recebem uma notícia do cara da imobiliária que mostra para o casal que no porão da casa tem um buraco, um tipo de um poço. Lá vão eles entrarem atrás do corretor para verem a surpresa: eles descem o poço profundo por uma escada na prede e saem na entrada da própria casa.
Só que 12 horas à frente do tempo que eles entraram.
Ele só não contou que as consequências dessa viagem no tempo podem ser devastadoras.
Era só o que faltava pro Dupieux, fazer um filme de viagem no tempo.
Fim!
Fim não. O filme, que em princípio, como todos os filmes de Dupieux, parecem uma bobagem de tão simples e sem mirabolismos moderninhos, aos poucos vai virando uma doideira surreal só que, como disse antes, que parece que foi escrita pelos Trapalhões.
Por mais que o filme pareça sério e tenha sido filmado como um drama bem sério e pesado, o roteiro é de absurdo, de sequências e mais sequências onde os personagens brigam e se desesperam e se descabelam mas que pro espectador tudo parece engraçado demais, depois de ultrapassar o limite do desespero e fazer dar risada, sabe?
Mais um imperdível.
NOTA: