O Céu de Alice é um dos filmes mais tristes e mais fofos que assisti ultimamente.
Sensação em mostra paralela do Festival de Cannes de 2020, o filme está agora no Belas Artes a la Carte.
O filme conta a história de Alice, uma jovem suíça que consegue um emprego de babá no Líbano.
Logo que lá chega, conhece Joseph, um físico que sonha em construir o primeiro foguete libanês.
Eles se apaixonam, se casam, vivem uma vida fofa até que a guerra civil atrapalha tudo.
O filme da ótima diretora Chloé Mazlo é quase uma fábula (eu sei que fábula é onde animais que falam, mas me deixa) onde a dor e a tragédia são contadas através de animações, colagens, para amenizar um sofrimento que pudesse causar o espectador.
Esses subterfúgios cinematográficos, que funcionam muito bem neste caso, são a assinatura de Mazlo, que vem usando animações desde seus primeiros curtas, premiados em Cannes, inclusive.
Neste O Céu de Alice, as escolhas do que contar em animação e principalmente de como contar, mostram o quanto Mazlo está prestes a alcançar um nível genial com seu cinema.
O que me deixou muito animado também foi o elenco do filme que, muito bem dirigido, nos entrega uma família, que nasce do caos, muito além do que eu esperava.
NOTA: