Por que você não me avisou que Free Guy: Herói Improvável era tão bacana?
Basicamente Free Guy é uma mistura muito boa de Jogador Nº1, O Show de Truman e Matrix, olha que viagem boa
Guy, o Free do título, vivido pelo (ex suposto galã, cada vez mais feio) Ryan Reynolds, é um personagem de um vídeo game que um dia acha um par de óculos e ao colocar descobre que tem alguma coisa muito estranha no mundo onde ele vive repetindo seus dias desde sempre.
Ele não entende o que acontece, não entende que vive em um vídeo game e não entende que a mulher por quem ele se apaixona, Molotov (Jodie Comer ótima como sempre) é um avatar de Millie, uma criadora de games que procura no mundo de Free a prova de que o malvado milionário Antwan (o péssimo Taika Waititi) roubou a filosofia e o código de seu game independente.
O legal do filme é que além dessas referências o filme lembra muito também o Feitiço do Tempo, com sua repetição pra nos mostrar o quanto Guy é “livre” só que não no mundo livre dele.
O filme é uma comédia de ação que não para, me deixou até cansado de tanta coisa que vai acontecendo e de tanta referência legal mostrada, tudo para que Millie consiga provar que a ideia toda do revolucionário game é sua e que o código original está escondido em algum lugar do mundo de Guy.
Eu fiquei imaginando esse filme sendo feito, todo em fundo verde, dando todas as possibilidades possíveis aos artistas de CGI, de pós produção, que se divertissem com a criação do universo fofo onde os usuários entram lá para matar todo mundo, explodir com tudo e destruir mesmo, tudo pela diversão.
O que me irrita é a velha e antiga moral da história, que ninguém aguenta mais, mesmo que seja um filme mais infantil e que passar mensagens legais para crianças sejam importantes, mas vamos com calma, né?
Só faltou entrar um aviso no final dizendo que tudo era brincadeira, que ninguém precisava se preocupar porque ninguém morreu de verdade ao fazer o filme.
Free Guy é a prova de que diretor de cinema só é ruim se quiser mesmo. O filme é dirigido pelo pareça de Ryan Reynolds, Shawn Levy, que fez um trabalho bem dos bons aqui. E lembre-se que Levy é o diretor da porcaria O Projeto Adam, a bomba que Ryan fez pra Netflix esse ano.
NOTA: 1/2