True Things é o tipo de filme…
Quantas vezes eu já não comecei uma resenha por aqui com esse “… é o tipo de filme…”.
Mas True Things é o tipo de filme que me deixa com dor de estômago, suando de nervoso, querendo quebrar minha tv, querendo socar o Tom Burke por ser um ator tão bom que me fez achar que ele é o personagem desgraçado que acaba com a paz da personagem da maravilhosa Ruth Wilson.
Ela é Kate, uma mulher de boa que em um momento de descuido (?) emocional se deixa envolver por Blond, um ex detento sedutor que entra com os 2 pés no peito (quase que literalmente) na vida dela.
E o filme, do começo, nos joga na cara o quanto Blond é um grande fdp e quanto Kate se deixa envolver a ponto de não perceber o que está acontecendo diante de seus olhos.
Um desespero.
Eu odeio ver filmes como True Things e filmes onde crianças somem na cara de seus pais, tipo quando a criança some no supermercado enquanto o pai tava comprando legumes. Odeio. Sofro muito, ansiedade a milhão, sensação de culpa gigante porque eu acho que poderia estar lá ajudando.
Mas eu não consegui parar de ver True Things porque o casal principal está tão, mas tão bem que eu não entendo como esse filme não é mais citado e visto.
A historinha do relacionamento deste casal improvável é horroroso demais e mostra o quanto o amor cega certas pessoas e o quanto é importante que alguém que esteja de fora sirva de referência, de luz e de ponto de alerta pra esse tipo situação.
A diretora e roteirista Harry Wootliff sabia exatamente o que estava fazendo e fez da melhor forma possível, claro que com a ajuda mais que perfeita de Ruth Wilson, uma atriz que ainda vai ser reconhecida por seu talento gigante e por Tom Burke, outro que um dia vai ter seu nome escrito em letras garrafais de filmes bacanas.
Enquanto isso vou passando nervoso com a violência infinda deste drama que se mais punk fosse teria me causado uma ida ao hospital por quase infarto por ansiedade.
NOTA: