Que filme!
A partir de agora eu só quero ver filmes estrelado pelo Jim Broadbent e pela Helen Mirren. Que sonho seria.
O Duque conta a história real animal de um anarquista inglês que em 1961 rouba o quadro O Duque, de Goya, da Galeria Nacional inglesa.
E ele disse que devolveria o quadro intacto, com a condição de que o governo concordasse em fornecer televisão gratuitamente aos idosos.
O legal de assistir uma história dessas nos dias de hoje é pensar o quanto a humanidade já foi mais ingênua, mais sonhadora.
É pensar como o mundo já foi mais simples.
E o grande mérito deste filme é mostrar o quanto a profundidade das ações, dos sonhos, pode ser mostrada e contada de uma forma em princípio totalmente simplista mas que aos poucos vai nos mostrando camadas e mais camadas de construção de história e de personagens.
Nada é complicado em O Duque.
A vida da família do taxista sonhador Kempton Bunton não poderia ser a mais normal possível naqueles anos de reconstrução de um país, onde ter 60 anos de idade era uma sentença de morte, praticamente.
Mas Kempton queria mais, ele queria que os idosos tivessem direitos, queria que todos pudessem pelo menos se divertir assistindo televisão gratuitamente.
Sua mulher trabalhava como faxineira, seus filhos tinham problemas, claro, mas Kempton, no corpo do genial Broadbent só pensava no coletivo, no que poderia vir acontecer, não aceitava o que tinha.
Ou melhor, o que não tinha.
O filme foi dirigido por Roger Michell, o cara que nos presenteou com Um Lugar Chamado Notting Hill e em O Duke alcançou um nível de sutileza que me deixou muito impressionado.
De ficar feliz com a história, com a luta e com o filme.
NOTA: 1/2