Tá, a gente já sabe que o Adam Sandler é um ótimo ator dramático, principalmente depois de Uncut Gems.
Eu acredito que seja mais fácil e menos cansativo fazer um drama ao invés das comédias físicas de Sandler, mas se é pra fazer filmão com ele, pra tentar o Oscar que a gente achou que ele levaria pelo menos a indicação por Gems, que faça filme bom de verdade.
Dirigido por Jeremiah Zagar (de Nós, Os Animais), Arremessando Alto é a nova aposta da Netflix com Sandler, em um contrato enorme e milionário de ambos de onde eu espero que saiam mais filmes bons.
O filme tá longe de ser uma obra prima, mas é uma comediazinha dramática fofa mas que me deu muita raiva, daquelas cheias de malvados.
Nela Sandler é Stanley, um olheiro do basquete grande nos EUA, que viaja o mundo procurando talentos, que depois de anos sem trazer ninguém relevante e ter uma carreira bem mediana, ele encontra Bo Cruz (o jogador profissional espanhol Juancho Hernangómez, que rouba o filme), um gigante espanhol que 22 anos de idade e mais de 2 metros de altura, que ganha dinheiro suando nas quadras de rua espanholas.
Ao levá-lo para o meio de uma indústria cruel, Stan precisa fazer um treinamento nível Rocky Balboa com seu jovem atleta e o que no clássico do Stallone era bonito e poético, aqui é quase um filme de ação, com uma tensão boa e algumas poucas cenas de alívio cômico que fazem tudo funcionar muito bem.
O filme, claro, é daqueles medianos com um roteiro bem escrito mas sem nenhuma surpresa, ou melhor, com uma: a quantidade de atletas famosos, muito famosos, do basquete que fazem pontas e até papeis relevantes no filme, me deixou chocado.
Os créditos finais, onde todos aparecem, talvez sejam a melhor coisa de Arremessando Alto.
NOTA: 1/2