Sim, eu abuso da minha própria vontade de vez em quando e lá fui eu assistir a comédia romântica dinamarquesa da Netflix.
Toscana é no mínimo pitoresco. E eu tento explicar em 3 pontos principais o porquê.
Primeiro, o filme é sobre um triângulo amoroso onde uma das pontas mal aparece no filme.
E o melhor, não faz a menor diferença para a história.
Segundo, o filme é de uma melancolia infinita e se essa for a vibe de uma comédia romântica rotineira dinamarquesa, só confirma a fama da frieza dos países nórdicos mesmo.
Terceiro, o olhar dinamarquês sobre a Toscana e seu povo é inacreditável, principalmente para nós brasileiros que temos uma visão bem próxima da Itália e do calor que de lá emana.
Parace que Toscana não foi filmado na Toscana, mas sim em algum estúdio em qualquer lugar do mundo com a melhor direção de arte possível, já que a locação italiana é tão mal aproveitada que deu dó de ver a história de um chef de cozinha dinamarquês famosão e sem dinheiro que herda uma propriedade enorme na Itália depois que seu pai, com quem ele não tem contato há décadas morre.
Theo, o chef, vai pra Toscana vender o mais rápido possível seu novo “castelo” mas não contava com as razões do coração que tentam atrapalhar seus planos.
A coisa mais legal do filme é o personagem do chef mesmo, que vai se mostrando em todas as cenas, desde como ele trata seus subalternos em seu restaurante estrelado até como ele cozinha e monta seus pratos, ao que parece que ele usa tabelas de excel para atingir a perfeição e aos poucos ele vai entendendo através do calor italiano que as coisas não precisam ser tão cartesianas assim.
Toscana é fofo mas é bobo demais, ingênuo até, quase infantil, bem a cara de seu protagnista.
Mas vale pra uma relaxadinha besta num dia corrido.
NOTA: