Tem filme que eu assisto que eu meio que não entendo, por exemplo, como está na programação de um festival.
Esse suspense argentino não entendi nada dele.
Nem como está na programação, nem como não fui avisado que era ruim, nem como foi feito, nem como teve dinheiro pra ser feito.
E nem seu título.
Mentira, o título eu entendi porque miraculosamente cheguei ao final do filme.
O que não recomendo.
Uma mulher é raptada com o truque mais idiota de todos, que ela cai como uma idiota que não parece ser.
E aqui vai a diferença entre ser raptada e ser sequestrada: pra quem não sabe o sequestro é por fins monetários através do resgate enquanto o rapto pode até ter o resgate mas a vítima sofre todo tipo de abuso, principalmente o físico, sexual.
Neste caso Bianca, uma mulher já bem cag, ops, traumatizada, sofre mais ainda nas mãos de seu algoz.
Só que o filme de Marcelo Leguiza, como o filme 2 Bruxas que resenhei aqui, não tem a vibe de um suspense.
A direção, a luz, a câmera, até a direção de arte, tudo é muito sanitizado, parece sujo publicitário, sabe, tudo em seus devidos lugares.
Daí, de repente, do nada, tem uma cena com a função de xoxar, não, desculpe, de chocar, de dar um susto ou algo parecido e ela acaba não funcionando como desejaram exatamente por isso, até essa cena é sanitizada.
Eu acho que as referências do diretor foram bem erradas e ele tentou até criar uma estética diferente mas errou na mosca: falta alma ao filme e olha que é de alma podre que tô falando, falta culhão, na verdade, para sujar tudo, para ousar de verdade.
Pra assistir de graça é só clicar aqui.
NOTA: