Liguei a Netflix ontem a noite pra ver a estreia do mais novo reality de comida bizarra Is It Cake?, onde as pessoas precisam adivinhar se o que tem em frente a elas é bolo em forma de coisas cotidianas ou se são as coisas mesmo.
Vi um episódio, ri muito, e acabei assistindo esse filme novo da Noomi Rapace porque: se tem filme novo da diva Noomi a gente assiste mesmo.
Caranguejo Negro é o nome dado a umas pessoas, escolhidas a dedo pelo exército da Suécia, com Noomi entre elas, para atravessar o país congelado, patinando, escondidos como caranguejos negros, que só aparecem a noite, carregando algo secreto, em meio a uma guerra em um presente distópico que está devastando o mundo todo.
O filme é legalzinho, aquela bobagem que você pensa: hoje em dia, para se destacar no roteiro e conseguir dinheiro de produtoras como a Netflix, o povo tem que inventar histórias absurdas, como essa.
Eu não me lembro de ter visto um filme onde 6 pessoas patinam através de um país congelado, fugindo, atirando, levando tiro, caindo no gelo, saindo do gelo.
Só que nada disso importa muito.
O que me deixou chocado é quanto este filme de ação despretensioso sueco reproduz de uma forma tão horrorosamente real o que estamos vendo acontecer na Ucrânia, na Síria e onde mais as guerras estão acontecendo hoje em dia.
Pela primeira vez em um filme de ficção eu me senti fisicamente mal em 2 momentos vendo o que Noomi sente quando a cidade onde ela está começa ser atacada.
Caranguejo Negro infelizmente tem um timing perfeito.
Essas 2cenas, se fossem lançadas em um filme no final deste ano, eu diria que com certeza foram baseadas nessas imagens que vemos de vídeos gravados na Ucrânia em celulares por civis.
Só por isso já vale assistir Caranguejo Negro, que entretem bem apesar de todo nervoso.
NOTA: