Se você é frequentador assíduo aqui do Já Viu? deve saber da minha admiração pelo francês Frank Gastambide.
Por causa dele eu assisti Um Dia Difícil, novo policial francês lançado pela Netflix e segundo na sequência resenhado por aqui.
Assisti sem a menor expectativa, principalmente depois de ter visto o outro genérico francês, como falei ontem aqui.
E olha só, não é que minha zero-expectativa foi atingida?
Um Dia Difícil é um filme difícil.
Difícil de assistir, difícil de assimilar e difícil de entender como um roteiro tão cheio de buracos foi produzido.
Frank Gastambide é um policial adivinha, super trambiqueiro, claro, que para fugir de uma batida da polícia da polícia em sua delegacia, acaba atropelando um fulano e não sabe o que fazer com o cadáver, já que ele não deveria estar onde estava e sim no velório de sua mãe.
Só que ele tem uma ideia genial: já que tá rolando essa parada cadavérica geral, ele acha inteligente de sua parte enterrar o cara que atropelou dentro do caixão da própria mãe recém falecida.
Lembre-se que enquanto isso o pau tá comendo com a corregedoria na delegacia.
Inclusive seus companheiros precisam se livrar de um saco cheio, bem cheio de dinheiro que o policial guardava em seu armário no vestiário.
Ontem eu disse que Bac Nord era tão genérico que poderia ter sido estrelado por qualquer atriz brasileira genérica que não ia fazer diferença nenhuma.
Um Dia Difícil é tão genérico que tentaram transformar o ator/diretor Frank Gastambide em um Jason Stratham genérico, um Vin Diesel francês.
E o diretor estreante Régis Blondeau errou na mosca.
O filme só não é pior porque o senso de humor geral é bom, fazendo com que o dia seja menos difícil porque a gente ri de situações que acabam sendo mais patéticas do que foram originalmente pensadas.
O que no final das contas não é tão ruim assim.
NOTA: