O Bom Patrão é o concorrente espanhol não finalista a uma vaga no Oscar de filme internacional.
O filme é ótimo, mas acho que não chega aos pés dos finalistas mesmo.
E tem outra: O Bom Patrão parece, se fosse feito no Brasil ou na Inglaterra, por exemplo, na minha opinião seria melhor.
O filme conta a história de um Javier Bardem caracterizado como Blanco, o bom patrão do título, um cara bacana, dona de uma empresa que fabrica balanças, casado, com filhos grandes, o típico burguês bacana que na mínima possibilidade de desestabilização, sua vida vem abaixo.
O roteiro seria perfeito para um Sergio Bianchi ou para um Ken Loach, diretores que esmiuçam o jogo de poder nos níveis mais baixos da sociedade, que é o reino deste bom patrão.
A empresa de balanças não é gigante, é média, com cara de coisa velha largada, a cara de Blanco, do cara classe média que já teve dinheiro décadas atrás mas que hoje em dia está praticamente ultrapassado, só esperando a roda do tempo carregá-lo.
Blanco é o cara que tem caso com as estagiárias mais novas, que vai pra bar de puta com os funcionários e fica bebendo até cair, é o cara que trata sua bem a esposa e é o participante ávido das funções sociais com o prefeito e empresários da cidade.
Neste recorte da vida de Blanco no filme O Bom Patrão, vemos como um funcionário recém demitido inferniza a vida do ex-patrão, vemos Blanco ajudando o filho de outro funcionário que foi preso lhe dando emprego, vemos o patrão ajudando a esposa e sendo fofo com ela.
Mas o dia a dia nem sempre é amigável e agradável e Blanco, pelas mãos do diretor muito competente Fernando León de Aranoa que dá um baile com a vida do bom patrão que é o típico picareta classe média decadente que a gente tanto ama odiar.
NOTA: