Um dos grandes temas do cinema é o sonho.
Filmes e mais filmes são feitos sobre sonhos lindos, sonhos tenebrosos, quem não sonha, quem não quer sonhar.
Todo mundo que importa já fez filmes sobre sonhos de uma maneira ou de outra, de Kurosawa a Ridley Scott, afinal, os robôs sonham?
Strawberry Mansion é uma fantasia de ficção científica onde num futuro próximo distópico, nós precisamos pagar por nossos sonhos.
Imagina a desgraça, imposto sobre os sonhos, era só o que faltava.
James Preble, um auditor de sonhos, que vai até a casa da uma mulher bem peculiar, acaba sendo “preso” nos sonhos dessa pseudo milionária.
E sua mansão de morango acaba sendo o cenário perfeito para que não só James se perca mas também para que nós espectadores entremos nessa viagem surreal.
Acho sempre bom frisar que o surreal tem sempre a ver com o sonho e neste caso, vem bem a calhar, já que os diretores usam a possibilidade fantástica e a narrativa de ficção científica distópica como chaves para fazerem seu filme funcionar.
Quando James, o auditor, chega na casa de Bella para tentar entender como ela vive fora da nova “realidade dos sonhos”, onde o merchandising é latente e tudo é criado especialmente para cada cidadão, ele fica impressionado com a forma que ela criou para burlar o governo.
Fitas VHS, aparelhos analógicos que sabe-se lá se já existiram são as formas que Bella, a estranha, usa para ter uma existência mais privada.
Se você como eu gosta de realidades nunca antes imaginadas, vai adorar essa mansão de morango.
NOTA: