Eu não entendo como eu não tinha falado aqui deste filmaço com uma das grandes atrizes americanas Catherine Keener.
No momento do lançamento do filme, Catherine recebeu críticas bem animadoras, inclusive de um povo falando que ela apareceria em listas de melhores atrizes do ano.
Mas No Future é um filme bem pequeno, uma pérola daquelas perdidas no oceano de Hollywood.
E não só dos filmões, mas também desse pseudo indie americano, que são filmes quase grandes que acabam entrando num mesmo “nível” que os filmes como este No Future.
No filme, Catherine é Claire, uma mãe que vive com a tristeza e o sentimento de culpa por ter perdido seu filho viciado em drogas, achando que ela também é culpada pela morte dele.
Will, amigo do filho morto de Claire, volta à cidade onde sempre viveu atrás de um emprego e de uma vida mais calma, já que agora ele está em recuperação.
Ao se reconectar com a mãe do amigo morto, Will não esperava que as relações pudessem ter um fio tão tênue e que um ombro pode se transformar em algo tão mais profundo em tão pouco tempo.
O filme dos diretores Mark Smoot e Andy Irvine é de uma delicadeza extrema, tratando de temas radicais que poderiam facilmente terem caído na vala comum.
O amor em No Future é mostrado das mais diversas formas e a falta do mesmo é mostrado de outras tantas maneiras.
E o mais genial do filme é que a gente enxerga que essas duas possibilidades, da falta e do excesso, são quase “farinha do mesmo saco”, que só depende das mínimas intenções.
No Future é um filme que não tem nada de revolucionário, a partir de uma história que a gente quase já viu.
Mas o roteiro que beira a perfeição e a direção da dupla fazem de No Future um filme a ser visto, principalmente para vivermos por menos de 2 horas a felicidade que é ver o que uma atriz do nível de Catherine Keener pode nos entregar.
NOTA: