Documentário polonês potente em cartaz no Slamdance Festival.
Fúria conta a história de Aleksandra Rola, uma jovem polonesa que depois de relacionamentos abusivos e 2 tentativas de suicídio, encontra sua paz lutando MMA.
Ela se joga de cabeça nos treinos, começa vencer lutas e seu treinador, o grandão Bambi, quer levá-la ao campeonato mundial em Las Vegas.
A forma que o diretor Krzysztof Kasior nos mostra a vida de treinos, sangue suor e lágrimas de Aleksandra é algo que a gente até está acostumado a ver em programas de esporte por aqui, já que o Brasil é um dos polos mundiais do MMA.
Mas o que Kasior nos mostra fora do tatame é o que faz de Fúria um bom filme.
O dia a dia da lutadora em casa, com sua mãe preocupada, o irmão que está se acabando na bebida e o pai também alcoólatra, mas que tem aquele papo que sabe beber e para quando quiser, faz Aleksandra sempre duvidar de sua própria sanidade.
Ela sempre tenta se afastar da família, apesar de não conseguir tanto e apesar também da preocupação da mãe de duvidar que a filha possa viver bem sozinha, sem tentar nada mais grave se ela não tiver ninguém que a ajude por perto.
Por vezes eu fiquei mais interessado no treinador Bambi, um cara forte, grande, com cara de mal mas que cuida de Aleksandra como se fosse sua própria filha.
E claro, a fofa não dá o valor devido a ele, como faz com sua própria família disfuncional.
Mas Bambi não desiste, faz o que tem que fazer para ter sua pupila na final mundial.
E o melhor, as reações de Bambi com o que acontece em Las Vegas são mais extremas e interessantes que as reações da própria lutadora.
Documentário bom com ótimos personagens.
NOTA: 1/2