Como pode um filme cheio de personagens tão boas vividas por atrizes tão fantásticas ser tão chato?
O hype de A Filha Perdida não me pegou.
Minha cunhada Maggie Gyllenhaal se esforça bem, o filme é todo certinho, apesar da fotografia ruim (desculpa ae, Helene Louvart), mas a história é tosca e fraca e chata demais.
A história da escritora Leda (Olivia Colman, que se vivesse uma lista telefônica em desuso seria indicada ao Oscar) que passa umas férias na praia na Itália e acaba conhecendo uma família bem tosca, bem com cara de mafiosos do mal e olha só, tem a brilhante ideia de roubar a boneca da filha do mafiosão do mal (Oliver Jackson-Cohen) com a linda e tadinha Nina (a incrível de novo Dakota Johnson), depois de achar a tal da menina que tinha se perdido no meio do mato.
Aos poucos a gente vai descobrindo o que a boneca tem de tão importante na vida dessa escritora tão chata, tão escrota e tão bem vivida pela Olivia e pela minha preferida dos últimos anos Jessie Buckley, quando mais nova.
O problema do filme pra mim é a história em si.
Não achei que todo o drama giraria em torno de algo tão besta e que toda a profundidade (possível) pra mim não foi nada suficiente, acho que no livro possa funcionar bem, mas aqui não.
A grande coisa do filme da cunhada Maggie é o elenco.
Nada como ter uma carreira boa e bons contatos pra chamar quem ela quisesse pra fazer a quantidade infinda de personagens deste filme.
Desde essas mulheres todas que eu já citei mas ainda o hypado Paul Mescal, o sempre bom de ver Ed Harris e o maridão da diretora Peter Sarsgaard.
Por mais que a Netflix tenha se esmerado em criar todo o hype em torno do filme, depois de todo esforço de Maggie em produzir e lançar esse filme, A Filha Perdida, na minha opiniãozinha é o Green Book do ano, aquele filme que é bonitinho mas ordinário, aquele bombom super bem embalado, super bonito, com a cobertura mais incrível que custa uma pequena fortuninha mas que quando você morde tem o gosto daquele doce do boteco que você paga 3 reais e mesmo assim ainda sente que não foi enganado.
Mas foi.
NOTA: 1/2