Nada como ter o Rodrigo Santoro num filme, né, Netflix?
Né, Alexandre Moratto, diretor?
7 Prisioneiros é um filme bom, dirigido pelo cara que fez Sócrates, que era bom também e que também era estrelado pelo ótimo Christian Malheiros.
Neste filme Christian é Mateus, um jovem bem pobre do interior, do meio do nada, que seguindo seu sonho de melhorar e ganhar dinheiro para ajudar sua família, embarca em uma vã com outros jovens com os mesmos sonhos e vão todos parar em um ferro velho em São Paulo, comandado por um vilãozaço Santoro, o seu Luca, e lá viram sim, meu povo, prisioneiros.
Já na chegada o cara pega os documentos dos caras e os fazem trabalhar como escravos mesmo.
E a medida que o tempo vai passando e eles vão percebendo que estão sim presos e sendo abusados, a cada tentativa de conversa, o patrão tira o pouco que eles tem, do banho a comida.
Só depois de uma conversa de Mateus com seu Luca que as coisas ficam menos pior.
Ou assim parece.
A coisa boa de 7 Prisioneiros é ter um dos piores vilões do ano, o seu Lucas de Santoro, que é um canalha de marca maior.
Não tem pudor nenhum, maltrata os moleques, prende, repreende, tira comida, tira água, tira banho, bate, é podre.
E o legal é ver um vilão desses, sem ter sotaque russo nem cara detonada como o Rami no 007, caricato até o fim.
Apesar disso tudo, tinha a história de 7 Prisioneiros representar o Brasil no Oscar de filme estrangeiro. Pra nossa sorte escolheram o Deserto Particular de Aly Muritiba, um filme muito maior, muito melhor, que eu não sei se tem chance real, mas tem um currículo bom de prêmios em festivais gringos, o que já conta bem.
Mas 7 Prisioneiros é o filme brasileiro de horror da Netflix que a gente não sabia que precisava ver.
NOTA: 1/2