“O rei morreu. Viva o rei.”
Conhece esse dizer, né?
007- Sem Tempo Para Morrer é o último filme com o Daniel Craig como o espião inglês a serviço da coroa (não a rainha inglesa, a coroa na cabeça dela, não importa quem quer que esteja usando).
Viva o próximo Bond.
Espero que a mudança seja grande.
A começar por quem vai ser o novo 007.
Este filme começa com uma atriz negra inglesa, Lashana Lynch, sendo a nova 007 já que no último Bond, o próprio James Bond largou mão de tudo.
Só que ele volta por um motivo bem razoável e ela, educada e fina que é, libera os números pro não tão lendário espião, já que nem o novo guarda da recepção do prédio sabe quem ele é, tipo “Bond de quê?”.
E esse tipo de piadinha é a maior prova de que os Brocoli, a família produtora dos filmes da franquia, neste de número 25 se ligaram que muito tem a ser mudado.
Por essas e outros que eu tenho certeza que chamaram a queridinha de todos, Phoebe Waller-Bridge para dar uma guinada na franquia.
Bom, nem ela conseguiu tanto.
O filme é mais do mesmo, aquele que eu pelo menos não aguento mais assistir: um vilão com sotaque russo e cara deformada por um acidente qualquer (papel caricato perfeito para o caricato Rami Malek que só faltou usar a dentadura do Freddie Mercury) quer destruir o mundo.
Quem pode nos salvar?
Ninguém menos que Bond, o James, que mesmo quieto lá na casa dele volta, mas só com a autorização final dos americanos (em outro recadinho do roteiro, com certeza).
A única coisa diferente no filme é o amor de Bond pela personagem da Léa Seydoux e seus desdobramentos que fazem o roteiro deslanchar um pouco.
Se tivesse feito esse 25º filme do Bond um drama romântico, juro que colocaria entre meus top 100 da vida.
Que oportunidade perdida.
Não que o filme seja ruim, longe disso.
Sem Tempo Para Morrer é tão bem feito quanto poderia ser, apesar de todos os furos de roteiro, daquele sem fim de cenas que um exército dá tiros no Bond e ele não se fere mas mata todo mundo sozinho, ou das correrias e das quedas e dos carros e dos relógios e dos mares e oceanos e explosões.
Mas gente, tem uma cena do Bond ajoelhado se desculpando que já vai para o top 3 de constrangimentos da franquia do espião.
Eu espero que sei lá, daqui 2 anos quando lançarem o próximo com alguém novo fazendo o 007, mudem também conceitos de vilões, porque quem aguenta ainda o russo atormentado querendo matar todo mundo, não é mesmo.
Nem o Bond, que uma hora vira pro tal doido e fala que ele vai ser só mais um numa lista pequena de homens estúpidos querendo ser deus.
Acho que nessa franquia o que tá faltando é uma meia dúzia de “deuses” pra fazer filmes bons e divertidos e relevantes.
NOTA: 1/2