Drama romeno de uma violência psicológica extrema onde uma jovem que vive com a família no interior sofre todo tipo de humilhação física, além da psicológica e por isso tenta como pode e como não pode fugir para Bucareste para fazer faculdade.
Eu em princípio não tava entendendo pra onde iria o filme mas fui insistindo porque primeiro a diretora Alina Grigore filma como poucos.
Segundo, o elenco é incrível.
Terceiro, o filme parece ser um filme brasileiro doido falado em uma língua (romeno) que dá até pra entender mais do que eu esperava mas a família toda parece vinda direto do sul da Itália de tão barulhenta e dramática que é.
E o roteiro é inteligente. muito violento, com episódios de “expiação” feminina muito necessários e que por isso mesmo causam um desconforto horroroso.
Lua Azul foi eleito melhor filme em San Sebastian 2021, um Festival que preza pelo inesperado, pela experimentação que beira o comercial.
Todo o sangue que a gente vê no filme e também, e principalmente, todo o sangue que a gente não vê são a realização de uma obra única e visceral, um espelho desses nossos tempos perdidos, em cartaz na #MostraSP #45Mostra.