Que filme, minha gente, que filme.
Denis Villeneuve conseguiu de novo.
Duna é um dos pilares do cinema mundial, aquele pilar que ninguém deveria chegar nem perto por motivos de história impossíel de ser filmada de forma razoável.
Né, David Lynch?
Né, Jodorowsky, que quis e não conseguiu?
Até que a Warner deve ter dito pro Villeneuve: vai, meu filho, o que você precisa pra fazer esse filme?
Duna conta uma história de poder, traição, de amor e principalmente uma história de tradição e de conhecimento.
Timothée Chalamet como o herdeiro de Oscar Isaac, filho da Bruxa poderosíssima Rebecca Ferguson que serve à maior de todas Charlotte Rampling, que precisa fugir e lutar por seu legado.
Você acha esse elenco pouco?
Calma que eu não falei da Zendaya que também entrega tudo e mais um pouco.
E ainda tem Josh Brolin, Stellan Skarsgård, Dave Bautista,David Dastmalchian, Chang Chen, Jason Momoa, Javier Bardem.
Ufa!
Vou repetir: eu não esperava tudo o que eu vi em Duna, toda a grandiosidade em contra partida a todo silêncio e todo abandono não só dos desertos infestados de monstros (anais) mais que gigantescos.
Não esperava que a conexão de mão poderosa com seu filho prometido seria tão profunda e tão telepática.
Não esperava uma história de amor que atravessa mundos e realidades tão significativa.
Digo isso porque como um adorador da primeira versão (bem ruim) de Duna, dirigida pela Lynch, eu duvidava de verdade que o que eu vi pudesse ser filmado.
Mesmo com toda a insistência do mago chileno Jodorowsky ao afirmar que Duna era o seu projeto de vida.
Que bom que não foi, porque o que o canadense Villeneuve entregou não é pra muitos.
Ou pra mais ninguém.
A direção de arte deste filme é um absurdo, não digo revolucionária, mas com certeza é digna do próximo Oscar.
Mentira, vou dizer revolucionária, porque apesar de todas as referências a Blade Runner, Duna levou tudo aquilo alguns degraus acima.
A luz do filme criada pelo diretor de fotografia Greig Fraser não só é linda como é fundamental para o clima e a história e também vejo prêmios e mais prêmios no horizonte do filme, assim como a trilha de Hans Zimmer que finalmente saiu da sua mesmice (sim, os gênios entram em suas caixinhas fáceis também) e nos entrega timbres que eu não esperava vindos de quem veio.
Só espero Duna entrar logo em cartaz no cinema para que eu possa ver em iMax, se me permitirem os distribuidores brasileiros, porque esse merece, com a maior tela e o som mais alto possível.
Entreguem-se, relaxem e gozem com o Evento com E maiúsculo que é Duna.
NOTA: