Mais uma ótima surpresa da #MostraSP, #45Mostra, da Mostra de São Paulo.
As Bruxas do Oriente é um documentário sobre um time de mulheres japonesas que nos anos 1960 mudaram a história do esporte mundial.
Elas ficaram conhecidas como Bruxas do Oriente porque o time de vôlei de uma fábrica japonesa virou a seleção nacional do país do sol nascente e logo depois elas revolucionaram o vôlei feminino, vencendo o campeonato mundial das soviéticas e triunfando nas Olimpíadas de 1964, no momento que o esporte entrou para o panteão.
O filme é contado através das memórias de algumas sobreviventes daquele time e o mais engraçado é que todas elas deixam claro que elas se sentiam extremamente desrespeitadas a serem chamadas de “Bruxas”, que no Japão é um chamamento horroroso.
Mas elas entenderam que o adjetivo surgiu quando elas venceram o mundial contra o time soviético e foram consideradas como verdadeiras sensações, com poderes sobrenaturais, já que o time de mulheres baixinhas e até então desconhecidas bateu o time das gigantes de olhos azuis.
As memórias são pontuadas por animações lindas, baseadas inclusive em mangás que surgiram à época de seu sucesso, baseados nas próprias jogadoras que viraram heroínas nacionais.
A trilha sonora também é meio que um choque, já que o indie barulhentinho (que eu tanto amo) destoa totalmente do que vemos na tela.
Outro choque do filme é sabermos o quanto aquelas mulheres sofreram nas mãos de seu treinador que não poupava ninguém com suas sequências absurdas de repetições para que elas atingissem a perfeição. O que ao final das contas também virou um modus operandi do esporte mundial, sendo que as japonesas, as bruxas do oriente, se tornaram referência de excelência.
NOTA: