Eu gosto dos filmes do James Bond desde sempre.
Mesmo os porcarias com o Roger Moore almofadinha ou o Timothy Dalton inacreditável (que ator porcaria).
Mas confesso que quando Daniel Craig estreou 15 anos atrás como o agente 007, eu fiquei com um pé atrás.
Gostava da carreira do inglês Craig em filmes bem indies bonzinhos, mas ele como o maior espião do cinema, me deixou em dúvida.
O bico de pato que ele faz quando não fala, aquela boca pontuda, me incomodou muito.
Mas aos poucos fui me acostumando e vendo que ele trazia uma nova versão do Sean Connery para as telas, como um ator bem masculinão, forte, sensual ao mesmo tempo que tem um lado sensível bem aflorado.
Ou será que me lembro disso pelos filmes mais recentes e mais politicamente corretos da série?
De qualquer maneira, está para estrear Sem Tempo Para Morrer (irmão!), a última incursão de Craig como o espião que mais usa smoking na história dos espiões e não só do cinema.
Este Being James Bond da Apple Tv é uma peça claramente de propaganda não só para agradecer Craig por seus préstimos à franquia mas principalmente para preparar seu público para a virada, já que esperamos que uma mudança “radical” ocorra na escolha de quem interpretará o espião do dry martini.
O filme é até engraçado onde só vemos elogios a tudo e a todos, de todos os lados, sem uma xoxada nem uma alfinetadinha que seja.
Mas vale para lembrar cenas icônicas como a de Craig/Bond saindo das águas do mar só de sunga branca, quebrando os protocolos de cena exclusiva de Bond girls para finalmente a objetificação do corpão masculino nos filmes mais machões possíveis.
NOTA: