Princesa Yakuza é o filme “gringo” do diretor brasileiro Vicente Amorim.
O filme é brasileiro, filmado no Brasil no bairro da Liberdade em São Paulo, baseado na HQ de Danilo Beyruth.
O filme conta a ótima história de uma menina que sobrevive ao massacre de sua família numa guerra por poder da Yakuza no Japão.
Ela é salva por seu padrinho, que a trás escondida para São Paulo, para viver em meio aos seus no bairro mais japonês do mundo todo, sem que ela soubesse de onde veio ou quem sua família era.
Só que ao completar 18 anos, Akemi (viva pela ótima estreante MASUMI, uma cantora americana de ascendência japonesa) é puxada, ou se depara, ou cai no meio de um turbilhão absurdo de lutas, uma pequena guerra, só que tudo sem que ela desconfie ser quem é.
Akemi é puxada por um doido que aparece do nada, Shiro (Jonathan Rhys Meyers), um mestre nas artes marciais, quase tão bom quanto a própria Akemi.
A porradaria só vai parar se uma de duas coisas acontecerem: se Akemi descobrir o que está acontecendo e porque tem tanta gente atrás dela, ou se Akemi morrer.
Princesa Yakuza foi uma surpresa incrível quando o assisti no Fantasia Fest do Canadá algumas semanas atrás.
Esteticamente o filme é uma lindeza só: fotografia que beira a perfeição, direção de arte linda, cheio de neons e de sangue espirrando nas lentes da câmera e na nossa cara.
A trilha é bem boa e MASUMI me surpreendeu em seu primeiro papel como atriz.
O roteiro tem um ou outro buraco, o que não afeta em nada a história, mas tem um probleminha de largar de lado umas personagens que renderiam bem.
Princesa Yakuza é um filme de ação, de muita briga, de muita luta, muita arte marcial muito bem coreografada.
E o mais interessante é que as críticas ruins ao filme dizem que seu problema é ser um filme de luta.
Não consigo entender.
Parabéns pro Amorim por ter colocado Akemi, a menina que vira mulher e não sabe de seu passado, como a protagonista, ao invés de Shiro, que era o original da HQ.
Que venha mais filme brasileiro com cara de gringo, mas feito aqui e cheio de referências nossas pra serem vistas lá fora.
NOTA: 1/2