O documentário queridinho da Netflix não é queridinho por acaso.
Fungos Fantásticos é não só uma das coisas mais lindas do ano cinematograficamente falando, como um dos documentários mais interessantes também.
O filme coloca à luz o inacreditável universo dos cogumelos, aquele negócio que não é mato, nem fruta, nem flor, nem fruta.
Eu sou um amante de cogumelos, viciado mesmo.
Comecei com a culinária, com os shimejis, shitakes, o funghi secchi que era italiano e agora vem do Chile, o Paris, o porccini.
Minha filha desde muito pequena é viciada em shimeji a provençal de um restaurante que a gente ia muito em São Paulo e por isso esse prato virou mais comum em casa que arroz e feijão.
Anos e anos depois eu comecei a fazer um tratamento com microdosagem de cogumelo que deu muito certo fazendo com que meu amor aos fungos só aumentasse.
Desde que me mudei para o interior comecei a caçar cogumelos depois das noites chuvosas, em manhãs de cheiro de mato molhado.
Claro que nada disso se compara às maravilhas que vemos neste documentário incrível onde quem já ama os fungos fica babando o tempo todo.
E pra quem não passou por essas experiências de outro mundo, certeza que depois desse filme, a vida vai mudar.
Além de contar a história desses seres tão especiais, tão mágicos, tão deliciosos e tão perigosos por vezes, o filme mostra com uma fotografia incrível como eles se reproduzem, como vivem, como se dispersam e como morrem.
Os fungos, os cogumelos são sim fantásticos, como diz o título do filme.
Nada como câmeras caríssimas e poderosíssimas, filmando em alta velocidade para criar imagens como as do filme que vão ficar em suas mentes.
E esse documentário, brilhantemente dirigido com um roteiro fofíssimo, é a pedida perfeita pra um sábado lindo desses para entrarmos no universo desses seres mágicos.
NOTA: 1/2