Mais uma porrada na fuça direto do meu preferido Fantasia Festival.
Uns doidos russos capitaneados pela ótima diretora Anna Zaytseva fizeram um filme baseado naquele “jogo” escroto e mortal da Baleia Azul, onde a molecada tinha que cumprir várias tarefas até a final que era cometer suicídio.
Tudo muito punk, radical e horrível.
Lembram que teve até um personagem de novela das 9 da Globo que entrou nessa?
Pois é.
Pra começar, o filme é o máximo porque ocorre inteiro via mídias sociais e aplicativos de conversa, de messenger a Skype, passando pelo Facebook, Instagram, Face Time, tudo que as personagens possam usar pra conversarem e transmitirem ao vivo as provas que estão completando a mando dos administradores da baleia.
Não tem nenhuma cena do filme que não seja via apps, nem umazinha.
Só isso já seria o suficiente para chamar atenção para o filme, porque é difícil roteirizar e editar um filme na velocidade da molecada que vai de um aplicativo pra outro, de uma tela pra outra, de um copy/paste pra outro na velocidade da luz, ainda mais em russo.
Mas além da técnica super apurada, o roteiro é muito bem escrito e desenvolvido, sem (quase) nenhum furo, só um momento que pra mim ficou um pouco duvidoso, mas que é totalmente plausível.
O thriller russo #Blue_Whale conta a história de uma adolescente que se suicida em uma live do Instagram, do nada.
Aquela adolescente linda, com uma família boa, que vai bem na escola, sem problemas aparentes.
Até que a irmã descobre, ao entrar no computador e no celular da irmã, que ela tinha uma vida online bem diferente do que ela, mais velha e mais experiente, poderia imaginar.
Logo ela descobre que a irmã jogava o Baleia Azul e que chegou à fase final se matando, como foi indicado para que ela o fizesse.
A irmã resolve descobrir que são os administradores do grupo para vingar a morte da irmã e pra isso entra no jogo.
O que ela não esperava é que seria tragada para um submundo adolescente de horror e desespero que, mesmo com a consciência de estar investigando, o poder da situação se mostra maior que a esperança de encontrar alguma resposta ao que aconteceu com sua irmã.
A sensação de desespero que eu senti no filme deve ter sido 1/10, talvez menos até do que a família de algum desses adolescentes sentiram na vida real.
Se é que isso tudo realmente aconteceu ou se é somente mais uma lenda urbana de tempos internéticos.
De qualquer maneira, o filme é uma porrada, com final bom demais, sem decepcionar.
NOTA: