Monstro é estranho.
Tinha tudo pra ser ótimo, tem uma bela história, elenco afiado, construção de roteiro boa mas quando junta tudo não funciona como poderia.
O filme conta a história de um garoto negro de Nova York que se envolve em um assassinato.
O “problema” é que ele não é o típico assassino de filme americano.
Ele é meio que de classe média, quase, estudante de cinema numa escola de elite, tem uma família unida, pais carinhosos, namorada bacana, notas boas, vida em princípio acima de qualquer suspeita.
Em princípio.
Porque, como pergunta o próprio filme, até que ponto a gente conhece as pessoas/
Mesmo que sejam nossos filhos, pais, irmãos, namorados.
Monstro é um filme de tribunal, o típico filme de tribunal, cheio de flashbacks, de sequências de lembranças, para contar a história do personagem principal.
E por muitos momentos o filme parece um episódio longo de uma série de tribunal meia boca.
Como eu disse, o elenco é ótimo e a ideia toda do filme é bem boa, mas as decisões de roteiro são por vezes equivocadas, o que acarreta em várias barrigas desnecessárias, de enrolação pura, a ponto de a gente torcer para que a coisa toda dê “errada” pra vermos algo interessante no filme.
Uma pena.
NOTA: