O cinema, a série, a novela, o audiovisual em geral, tem algumas regras que devem ser seguidas.
Poucas, na verdade, porque no final das contas as coisas mais interessantes geralmente são as que quebram as regras, as que repensam e no melhor dos casos, reinventam essas regras.
Uma das regrinhas básicas é a de que um conteúdo audiovisual, mas neste caso um filme, tem que ter um roteiro que faça sentido, no caso de um filme com historinha, com começo meio e fim.
Por mais simples que isso pareça, essa é talvez a regra mais difícil de ser cumprida, a de ter um roteiro bem escrito, coerente, sem buracos.
A Guerra do Amanhã, o filmão (em custo, veja bem) da Amazon, lançado recentemente quebra essa regra de coerência de roteiro em uma história básica que não dá pra entender um monte de coisas.
Primeiro, não entendo como o filme foi lançado com o número ridículo de furos de roteiro.
Segundo, como que alguém que seja chefe da Amazon tenha comprado e pago caro, por uma ideia (ruim, mas isso não vem ao caso agora) que não caberia em um filme de 2 horas nem aqui nem em 2048.
Terceiro, como que nenhum produtor, no meio das filmagens, não percebeu que o que estavam produzindo era ruim, com cara de mal feito porque era sim mal feito.
Quarto, como o filme foi lançado.
E pior e por último, como ousam avisar que vão fazer continuação desse lixo.
O filme se passa nos dias de hoje e mostra um povo voltando do futuro para nos avisar que o mundo está acabando porque a Terra foi invadida por ets bem do mal que comem os humanos e ninguém pode fazer nada para matar esses monstrinhos.
Assim, essa máquina do tempo que conseguiram inventar num futuro bem próximo, serve para que a gente, dos dias de hoje, vá para o futuro para formar um exército para lutar com os ets.
Ideia tonta, claro, mas a única possibilidade que restou no desespero.
Para costurar essa catástrofe, resolveram contar a história de um cara com cara de idiota (o cara de idiota Chris Pratt), que tem uma esposa e uma filha lindas e um pai escroto, e que tem que ir para o futuro lutar.
Ele parece um super herói, sem ser, porque não morre de jeito nenhum lá lutando com os aliens.
Até que ele tem uma surpresa absurda e o filme, que já não é dos mais interessantes, começa a desandar.
Como disse no início, o mínimo de lógica é necessária num filme desses.
Se querem que a gente acredite em aliens do mal, em portal que é máquina de viagem no tempo, se estão “pirando” nesse nível, não força a amizade e ajude pra cá a gente entre na história.
A Guerra do Amanhã é aquele filme que é tão, mas tão ruim que eu passei vários momentos pensando que eu tivesse cochilado porque não estava acreditando no que estava assistindo.
Muitos desses momentos eu não acreditava no que estava vendo, pra ser sincero.
A cara de pau aqui chegou a níveis de outro mundo.
Tudo é ruim: a produção é horrorosa, a direção não existe, o elenco tá lá jogado, fazendo o que não sabe da pior forma possível.
A única coisa que presta são os monstros, são ótimos, querem acabar com tudo o que existe no filme.
Literalmente.
Esses é daqueles que vão pra lista de horas perdidas no ano de 2021, #alertaporcaria, da lista de utilidade pública, fuja dele como bolsominions de livros de história.
NOTA: 0 (zero, sim, zero)
Xoxo em 30 segundos ou menos:
Trailer: