Olha só, chegou o dia que a Pixar lançou um filme meia boca.
Quer dizer, eles já lançaram filmes não tão bons, mas Luca era um filme que vinha rendendo muito hype e muito papo por vários motivos.
E o maior deles, de ser a primeira animação com personagem principal gay da Disney/Pixar, o próprio Luca.
Depois de 1 ano e meio de pandemia desgraçada o meu gaydar pode estar bem avariado, mas eu não achei esse filme, nem o Luca, gay.
Em absoluto.
Luca é um “monstro marinho”, que vive no fundo do mar perto de uma cidadezinha italiana.
Criado por pais bem engraçados e por uma avó doidinha, Luca é proibido de subir a superfície, de sair do mar, sempre sendo assustado, dizendo que os seres humanos com certeza vão matá-lo.
E assim Luca continua cuidando de peixinhos até que ele descobre ítens estranhos e segue um outro monstro marinho até a superfície.
E descobre que nada do que sua família dizia é real.
Luca descobre que ao sair do mar ele se “transforma” totalmente em um ser humano, mas com um problema: se qualquer parte de seu corpo for molhada, ele volta a ser o monstro que é.
E assim, se virando para se manter seco, Luca e seu novo melhor amigo Alberto, querem participar de uma corrida na cidadezinha para com o dinheiro do prêmio, comprarem uma Vespa.
Ah, claro, no meio do suposto casal, entra em cena Giulia, uma menina que todo ano tenta ganhar a corrida e não tem amigos suficientes pela cidade, que encontra nos 2 novos humanos os companheiros perfeitos para competirem em equipe.
Obviamente Luca fala de minorias, de pessoas que precisam esconder sua real identidade para serem aceitas na sociedade, mas na minha opinião é tão gay quanto os filmes dos X-Men.
O roteiro do filme é ótimo e o mais legal de tudo é que a história se passa nesse vilarejo italiano, cheio de personagens bonachões e de piadas quase grosseiras com os hábitos deles, que são praticamente os mesmos hábitos de brasileiros com famílias vindas daquele país, da macarronada enrolada no garfo as gritarias que parecem brigas e são só conversas normais.
Eu não acho nem que Luca seja um filme “bem intencionado” da Pixar, mas sim uma tentativa tonta deles de acenarem que um dia ainda vão sair do armário.
Ou do fundo do mar
NOTA: 1/2
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