Eu odeio o Mark Wahlberg com força, acho ele um dos grandes embustes de Hollywood e só assisti esse filme estrelado e produzido pela barbie uó porque a premissa é a mais legal de todas.
Infinito é uma pessoa que tem o poder de se lembrar de vidas passadas.
E toda vez que reencarna usa os “poderes” que aprendeu nessas outras vidas e quanto mais o tempo passa, mais essa pessoa vai se tornando poderosa.
E não são, em princípio, poderes sobrenaturais nem nada parecido.
Mas são línguas de todos os países onde renasceram, por exemplo, tudo o que a pessoa passa em todas as vidas vai se acumulando até que esse conhecimento todo transforma essas pessoas num google ambulante, como Wahlberg é chamado logo no início do filme.
O infinito se lembra das outras vidas, de quem conheceu, de quem amou, de quem era inimigo mas Evan, a personagem de MW, não se lembra de nada disso e ele desde pequeno é tratado como um esquizofrênico, porque ninguém entende o que acontece em sua cabeça de milhares de anos de informações coletadas em várias vidas vividas.
Além de tudo isso Evan tem o conhecimento mais valioso que um infinito pode ter: ele sabe onde está um ovo de prata que pode acabar com toda a humanidade e assim acabar com as reencarnações dos infinitos, que alguns consideram uma praga e esses se tornaram os anti heróis, conhecidos como niilistas.
Depois de entrar e sair de encrencas envolvendo todas as instituições possíveis, Evan acaba mais uma vez em problema com a polícia e logo aparece um niilista e uma infinito brigando pelo desmemoriado.
Claro que ambos querem o tal do ovo prateado e Evan não sabe e não entende o que está acontecendo.
Só entende que esses dois sabem pelo que ele passa.
A ideia toda é boa, vai.
Isso tudo feito com muita grana, com um diretor competente, o Antoine Fuqua e com um elenco bom que tem até o Toby Jones, não poderia dar errado.
Mas deu.
O roteiro de Infinito é tão mal escrito, tão cheio de furos, que o filme sai de uma ficção científica linda para um filme de ação e perseguições e explosões que parece dirigido por um genérico do Michael Bay.
Fiquei morrendo de pena, juro, porque o filme tinha tudo pra ser o máximo.
Queria entender o papel do Wahlberg no fiasco que se tornou Infinite.
E também, claro, o papel do Fuqua, já que o projeto original é dele.
O roteiro é baseado em um livro e a coisa que mais me deixou chocado foi a quantidade de “referências” ou “chupadas” de outros filmes e HQs que já vimos.
Quase nada é original em Infinite, do figurino aos flashbacks, de personagens que vão desde cópias capengas do Professor Xavier ao amigo viking fortão que não fala muito e destrói tudo.
E o pior de tudo é a necessidade de um elenco meia boca para que ninguém ofusque a insignificância de Mark Wahlberg que além dos braços monstruosos e da quantidade ridícula de botos na cara, não nos oferece nada além aquela expressão de novo rico enfadonho que ele tem na vida real.
Tudo isso, pra fugir, é do canal Paramount+, que logo entra na programação da Amazon.
NOTA: 1/2
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