Dancing Queens é uma comediazinha sueca bonitinha, lançada pela Netflix essa semana.
O filme pode ser considerado uma versão revista e atualizada do clássico Victor ou Victória.
Mas sem chegar aos pés do original, dirigido pelo pai de todos Blake Edwards e estrelado por sua esposa e DEUSA do cinema Julie Andrews.
Naquele filme, uma artista (Julie Andrews) não conseguia emprego em lugar nenhum apesar de todos os seus dotes artísticos perfeitos.
Ela encontra uma vaga em uma boate gay, só que eles querem um homem que se monte de mulher, uma drag, à época.
Victória, a personagem principal então, corta o cabelo, se “masculiniza”e se apresenta para o trabalho como Victor.
Ao cantar e performar, é contratada na hora como homem, que então precisa se vestir de mulher e no final do número, ao final de suas apresentações, precisa se revelar como homem.
Sim: uma mulher se veste de homem para conseguir um emprego de homem que se veste de mulher.
Só uma atriz do calibre de Julie Andrews pra cima pra tal.
Em Dancing Queens, a parada é bem diferente, sendo quase a mesma.
Uma jovem, que mora em uma ilha no meio do interior da Suécia, filha de uma exímia dançarina, resolve com a ajuda da avó, depois de quase 2 anos da morte da mãe, tentar uma vaga em uma companhia de dança, para que seus dotes artísticos não sejam perdidos trabalhando no mercadinho com seu pai.
Ela então vai para a cidade fazer o teste e quando chega descobre que está só 1 mês atrasada.
Mas como pretende dar uma arejada, resolve ficar 1 semana por lá e consegue um bico de faxineira em uma boate gay decadente, que já foi famosa por seus shows de drag.
Com a ajuda do coreógrafo e se escondendo do resto da trupe, a jovem se apresenta como homem, como um dançarino exímio e logo é contratada para se apresentar como drag.
E a história se repete, a mulher que se veste de homem que consegue o emprego do homem que precisa se vestir de mulher.
Mas os problemas que a Victória/Victor da Julie Andrews enfrenta por se montar, como ter homens se encantando com ela, gays e héteros, a jovem Dylan do filme sueco tem outros problemas.
E o que o filme antigo tinha de perfeito em seu roteiro todo bem costurado, Dancing Queens mais parece um monte de sequências com o mesmo elenco mas que não se encaixam direito, como se fizessem parte de um quebra cabeças cujas partes deveriam se encaixar mas a máquina que as cortaram para formar os sucos estivesse com defeito, deixando bordas tortas.
A gente sabe que aquelas sequências deveriam fazer parte de um todo, mas esse todo fica capenga por causa de um roteiro mal escrito, mal encaixado.
Mas o filme é bonitinho, de superação, de família, de amor e com uma trilha, apesar de óbvia demais, quase preconceituosa até, mas divertida, afinal a gente sabe que I Will Survive é a música que mais se usa em show de bichas e drag queens.
NOTA: 1/2
Resenha em 30 segundos ou menos:
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