Robert Guédiguian é um diretor de cinema francês, baseado em Marselha, que tem meio que um coletivo de artistas e técnicos com quem filma constantemente.
O Mundo de Glória é seu mais recente filme e mais uma vez, a história se passa em Marselha, sobre pessoas “típicas” da cidade, como ele costuma dizer.
Glória é uma bebê recém nascida, filha de um casal de classe bem baixa, onde ele está tentando ser motorista de Uber e ela tentando ser vendedora de uma loja de roupas.
A mãe dela resolve avisar o pai biológico da mãe da bebê que ele é avô.
Esse pai abandonou a família assim que a filha nasceu, 20 anos atrás.
Mãe abandonada e filha recém nascida sofrem até que a mãe se casa e tem outra filha.
O novo marido cria a filha da esposa como sua e a vida segue e o tempo passa.
Todos eles tentam trabalhar muito e viver suas vidas da forma mais digna possível.
Só que isso não acontece necessariamente.
Voltando a Glória, seu avô sumido, que está na cadeia há muitos anos, quando sai resolve conhecer a neta e é até que bem recebido pela família toda.
E aos poucos todos da família vão tendo suas vidas viradas de cabeça para baixo.
E o avô, sumido, ex presidiário, acaba sendo o mais zen de todos.
O Mundo de Glória é uma bagunça.
Mas uma bagunça como também é toda família, cheia de gente dando palpites, uns tentando ajudar os outros e outros tentando se aproveitar de uns, no bom e no mal sentido.
O Mundo de Glória é o mundo da nossa família, dos nossos vizinho, de todo mundo que a gente conhece, com detalhes não exatamente iguais mas com os dramas todos bem parecidos.
Guédiguian é um cronista da vida comum, do dia a dia.
Ele é o cara que usa muito a máxima “fale com maestria de sua vila e falará do mundo todo”.
Esse mundo é o da Glória, tadinha.
NOTA: 1/2
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