Eu não sou de falar de curtas por aqui mas esse documentário de El Salvador é tão absurdo que eu amaria publicá-lo aqui para que todo mundo pudesse assistir.
O filme foi rodado em 2019 em uma das prisões mais perigosas da capital do país e mostra ex membros de gangues que parecem saídas do filme mais perigoso já visto, agora convertidos ao cristianismo, decidem se assumir homossexuais.
Eles dizem que quando eram de gangues a ideia de se assumirem era impossível.
Depois de presos e fora das gangues, apesar de ainda viverem a vida de gangues dentro da prisão, eles podem viver como sempre quiseram.
Um deles diz que sempre foi mais fácil matar um homem que amar um homem.
As histórias que eles contam do que faziam antes de serem presos é de arrepiar a espinha.
Seus corpos tatuados com imagens as mais diversas possíveis e agora objetos de desejo por outros com quem eles se identificam acabam tendo outro significado que não o de morte, o de horror.
Esse jovenzinhos, que provavelmente nunca mais vão ver o sol nascer que não quadrado só planejam ter uma vida razoável dentro das prisões, senão rezando, pelo menos com outro homem que amem ao lado.
O que eles talvez não esperavam era que a vida na prisão seria bem pior do que a vida da bandidagem que levavam na rua.
Sem água, sem comida, sem artigos de higiene, em um lugar insalubre, onde ratos vivem bem e eles não, esses homens ainda tem que se preocupar em poder sonhar com o amor e não morrerem degolados em um crime homofóbico, depois de assumirem nomes femininos e deixarem claro como são realmente e o que sentem, quem amam e como querem viver.
Ganhar o perdão por cortar a cabeça de seu inimigo e arrancar o coração com a mão e morder é mais fácil do que por amar outro homem.
Nunca é fácil, mas por incrível que pareça, para esses homens/meninos que nada temem, finalmente encontraram alguma coisa mais forte que sua coragem, o amor.
NOTA: