A fantasia russa Os Guardiões do Tempo já vale a “assistida” só pelo fato de na casa da vilã ter 2 telas enormes do Romero Britto: pior vilã possível.
O filme é lindinho, uma viagem infanto juvenil que se passa na mais que linda São Petersburgo sobre uma menina que precisa fazer o relógio da torre voltar a funcionar para que as trevas se afastem da cidade e todos possam voltar a viver em paz.
Ksyusha é filha adotiva de um escritor de fantasia que enquanto escreve seu próximo livro, vai alimentando a filha com suas personagens e suas histórias de medo e de esperança.
Em um delírio, Ksyusha relaciona suas personagens às pessoas que a cercam na vida real, tal qual a Dorothy em O Mágico de Oz.
Só que a estrada dos tijolos amarelos de Ksyusha não tem nada de dourado nem de sol, é tudo escuro, quase gótico, fantasmagórico.
O filme de Alexey Telnov é o primeiro filme relativamente bom que vejo na edição de 2021 do Cinefantasy, marcada por uma seleção bem abaixo da média.
Mas é o que temos nesses tempos pandêmicos.
NOTA: 1/2