O recém lançado documentário da Netflix, Seaspiracy: Mar Vermelho é uma porrada no meio da nossa fuça.
Dirigido por um jovem realizador inglês, o filme tem o problema desse Kip Andersen querer aparecer mais do que deveria no filme, contando a história a partir de sua própria história, como todo bom jovem nascido nas redes sociais.
E pior, não ter consciência de quando parar e de não se repetir.
Mas o filme é bem interessante: a partir de uma vontade pessoal de querer limpar as praias e os mares (ui, pretensão milenial), ele começa a se aprofundar cada vez mais para saber se é verdade que os canudos de plástico e as sacolas de super mercado são os reais vilões da poluição dos nossos mares.
E quanto mais ele pesquisa, mais ele descobre, e por consequência nós também descobrimos, que o plástico, o canudo, as sacolas, são usados pela indústria da pesca como bodes expiatórios para os seus pecados.
Para o real mal que fazem e que estes sim são os causadores da morte de todo o eco sistema marítimo.
E que por consequência, se nada for feito realmente, da morte da vida na Terra.
Porque não vai ser meteoro, nem efeito estufa, nem presidente nazista brasileiro liberando a queimada na Amazônia que vai dar fim ao nosso planetinha.
Os números e os fatos são muito impressionantes.
O plástico que de verdade é encontrado em estômagos de baleias e das centenas de milhares de tubarões mortos todo ano vem de redes de pesca descartadas nos mares.
O atum pescado detona não só o fundo do mar mas também outras espécies de peixes e também de aves, nas redes gigantes dos navios monstruosos de pesca.
A indústria da pesca como mostrada neste documentário é a grande vilã de 2021.
É tudo muito triste de se ver, tudo filmado por Kip e sua companheira.
Mas eu fiquei com várias dúvidas durante o filme inteiro, em relação e edição de vídeo e de texto de entrevistados.
Acho o filme um pouco “porra loca” demais, cheio de prováveis dados incertos, por causa da ânsia nervosa e ansiosa do diretor.
De qualquer maneira, por mais imprecisos que sejam, se é que são, a realidade é que a gente agora também não pode mais comer peixe, se já não podia comer carne, usar plástico, queimar combustível fóssil.
Estamos fudidos mesmo.
NOTA: 1/2