Notturno é o documentário italiano que concorreu a uma vaga no Oscar Internacional e não chegou a um dos finalistas.
Pena.
Porque Notturno é incrível.
O filme novo do diretor Gianfranco Rosi (de Fogo no Mar) é mais um belo de um tapa nas nossas fuças, como aquele sobre os imigrantes.
Notturno foi filmado nas fronteiras do Iraque, Síria, Líbano e do Curdistão, talvez o lugar mais violento e perigoso do mundo nos dias de hoje.
O filme em cartaz no Mubi mostra mais uma vez o grande talento de Rosi de se colocar nos lugares certos para chegar na alma de seus documentados, de seus personagens da vida real.
As agruras, os medos, as tristezas, as dúvidas dessas pessoas mostram que tudo o que podemos pensar sobre essas zonas de guerra, essas zonas de excessão, são muito piores do que imaginamos.
Pelo menos eu me sinto não só impotente mas também meio que “romantizando” essas zonas de conflito, no pior sentido mesmo.
Culpa do cinema mas também culpa dos meios de informação.
Porque por pior que seja a minha vida num Brasil neo nazista e por pior que eu ache que esteja passando meus dias aqui, nada se compara ao que essas pessoas sofram com bombas voando por suas cabeças.
Notturno é o filme que me faz ir atrás de mais informação, de descobrir como posso ajudar de alguma forma e de como o cinema bom, a Arte Cinematográfica com letras maiúsculas muda a minha vida mesmo.
NOTA: 
1/2
