Ártico é quase bom.
É estrelado por nosso muso Mads Mikkelsen, o que é ótimo, mas também praticamente só tem ele no filme, o que não é quase legal.
Mads é piloto de um avião que caiu no Ártico e por lá ele espera, sobrevivendo como pode, pescando, tentando se aquecer, escrevendo SOS gigante na neve, o que não é tão legal pra ele.
Fim.
Mentira.
O problema de Ártico ser quase bom é exatamente esse, quase nada acontece.
E o pouco que acontece, esse quase, transforma o drama desse cara de maneiras tão caóticas, sem fazer o menor sentido, já que ele sempre poderia optar por largar o caos e tentar seguir em frente.
É o quase convincente.
O filme é bonito, claro, todo feito no meio do nada do gelo e tal, até com uns closes de um urso polar faminto, mas de novo, é quase interessante.
E o pior de tudo: poderia ter o final mais punk de todos, mas de novo, ficou no meio do caminho.
O filme é tão quase que foi selecionado, não sei como, para o Festival de Cannes e saiu de lá sem prêmio algum.
Agora, o mais bizarro do filme é que ele foi escrito e dirigido por um brasileiro, o Joe Penna, também conhecido como a sensação do YouTube Mystery Guitar Man.
Lembra dele?
Pois é, quase, né?
NOTA: