Cherry, o novo filme do homem aranha Tom Holland, dirigido pelos queridinhos irmãos Russo é ruim.
Mas não é tão porcaria quanto estão pintando por aí.
Pra começar, é bem dirigido e bem fotografado, o que já faz ganhar uns pontinhos, apesar de ter uma estética noventista meia boca.
O problema é que o filme não é nada, nem um drama, nem um policial, nem um suspense junkie, nem sei lá mais o que poderia ser.
O filme da AppleTV+ é baseado na história real de Nico Walker, um ex soldado do exército americano que viu as desgraças da guerra nos anos 90 e ao voltar pra casa todo traumatizado e detonado da cabeça, pra começar se torna um junkie, viciado em heroína.
A gente sabe que daí pra uma descida pro inferno é só errar na dose e Nico erra, erra feio e junto com ele leva a mulher de sua vida e tudo mais o que estiver ao seu redor.
Principalmente quando começa a roubar bancos pra comprar drogas.
Aliás, essas histórias noventistas de ladrões de bancos pequenos de cidadezinhas do interior dos EUA são bem interessantes, apesar de serem sempre as mesmas.
Sempre parece que a segurança desses bancos era a mais tosca possível e esse povo vivia dessa função por muito tempo.
Bom, Nico pelo menos sobreviveu o quanto pôde assim.
E Cherry, o filme, mostra bem o quanto essa vida sem futuro é a pior possível mesmo, apesar de toda romantização em torno desses anti heróis.
NOTA: 1/2