Se eu fosse preguiçoso eu diria que Baghdad in My Shadow é a versão suíço/iraniana do filme brasileiro Tatuagem.
Como eu não sou, ao contrário desse filme, digo que Baghdad in My Shadow é uma tentativa de chegar em alguma coisa cinematograficamente falando parecida com o que Tatuagem conseguiu pelas mãos de Hilton Lacerda, seu diretor talentosíssimo.
Samir, o diretor iraniano/suíço criou um filme onde imigrantes iranianos em Londres se encontram no café Abu Nawas, cujos donos são muçulmanos exilados e comunistas.
Pior, em seu café eles aceitam que muçulmanos gays lá se encontrem também.
O horror, já que muito perto do café fica uma mesquita onde acontecem encontros de fundamentalistas/extremistas que obviamente querem matar todo mundo, queimar tudo e por aí vão.
Eu acredito que o filme seria interessante se fosse um documentário, já que os fiozinhos de história são tão precários que parece que eles se unem pela força de vontade extrema do diretor querendo contar uma história mas não sabendo como.
Ele só sabe o porquê. O que no caso não é o suficiente.
Baghdad in My Shadow poderia ser lírico, lindo, poderia ter usado os velhos iranianos comunistas como personagens quase caricaturais, um contraponto do drama e da violência causada e sofrida pelos jovens.
Mas nada disso acontece, a bagunça do roteiro é grande e nem a curiosidade causada por um filme gay muçulmano iraniano é satisfeita com o que se vê por aqui, infelizmente.
NOTA: